domingo, 26 de fevereiro de 2012

Manifestação igual a mobilização

Vimos nestes últimos tempos, protestos e mobilizações sobre o aumento da passagem dos transportes públicos. Opiniões foram das mais diversas, desde contra a manifestação, como a favor da mesma.

A nossa reflexão passará tanto pela manifestação em si quanto por uma análise do aumento das passagens. Alguns poderiam até perguntar por que postar um comentário sobre algo, que de certa forma esta “apagada” dos veículos de comunicação.
Em primeiro lugar essa ação pública implica numa tomada de conciência política; uma análise do governo.
Em segundo lugar é um tema que necessitava de mais reflexão e não de textos do “calo do momento”.

Sem mais delongas, vamos refletir sobre o tema.

Nossa reflexão começa pelas manifestações que os estudantes fizeram em protesto pelo aumento das passagens. Em princípio temos que elogiar os estudantes brasileiros pela iniciativa, que mostra uma consciência política. Desde o período ditatorial nunca houve tantos protestos como do ano passado para este ano; que vai desde a luta contra a corrupção, a luta pela preservação da natureza.

E como podemos ver aqui em Pernambuco a luta também contra a violência exercida da parte governamental para com o povo – lembremos que em uma das passeatas contra o aumento das passagens, os estudantes levaram flores em protesto às agressões – isto também mostra um comprometimento maior com o dever do cidadão.

É claro que nem tudo são flores nestes protestos, nem todos tem a visão cidadã que deveriam mostrar. Houveram algumas pichações, inclusive a patrimônios publicos. E estas depredações foram gravadas por câmeras da CTTU.
É com pesar que falo destes que não fazem parte do todo, não fazem parte daqueles que realmente pensam em mudar o Brasil. Não que estes não queiram, mas, seus métodos e ideais não correspondem mais o Brasil atual, nem as atitudes que hoje nós estudantes devemos tomar. Pois, para esses a demonstração de certos artifícios – como a pichação, por exemplo – são válidas para (talvez) chamar a atenção do governo. Para mim, porém estes atos não deveriam compor as manifestações estudantis.

Ainda temos a força do governo, aqueles que agem sob o comando dos políticos: a polícia. Primeiro temos que entender que se ha viaturas policiais nas manifestações, é por ordem governamental. Agora este fato não permite em hipótese alguma o uso da violência: como as balas de borracha, bombas de lacrimogêneo e “efeito moral”; além é claro dos cassetetes. Talvez o assombro da história, encarnada nas antigas imagens da ditadura militar, ainda prevaleça permeado não só na sociedade como ainda na policia. E isso faz deles violentos as manifestações estudantis – não quero aqui justificar atitude de alguns policiais, mas, tentar encontrar um motivo para o uso da violência – pois só isto, cabe agora nas minhas reflexões, não há motivos para a violência contra estudantes, contra a população.

É exclusa aqui, obviamente, a prisão daqueles já citados acima que depredaram o patrimônio, desde que não haja violência para com estes – até porque o ser humano tem direito a preservação do seu ser.
Em resumo, temos policiais bons e ruins, assim como temos manifestantes bons e ruins, o que temos que fazer é analisar cada um deles e saber quando e do que reclamar além é claro de como proceder.

Agora sobre o aumento da passagem de ônibus, em conversa com uma amiga, chegamos a um pensamento único: o aumento é quase que inevitável! Sempre haverá desculpas governamentais, sempre haverá reais fatos para o aumento das passagens ser efetivado. Acho que devemos lutar por uma melhor infra-estruturar – mesmo sabendo que em nível de transporte e linhas férreas somos aqui no nordeste o estado com melhores condições – para que a população possa usufruir de algo digno e de qualidade.

E. Leite

Um comentário:

  1. Concordo com você quando diz que, sabendo que o valor da passagem irá aumentar de qualquer maneira, com a desculpa dos aumentos de impostos e blá, blá, blá's, é mais interessante que lutemos pela melhoria do sistema de transporte público. Pelo menos "desculpas esfarrapadas", os governantes não terão para nos dar...

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